Na última quinta-feira (16/10), Taís Araújo, de 46 anos, concedeu uma entrevista ao jornal “Folha de S.Paulo” e contou que não pretende atuar em nenhuma novela em 2026. Em suma, a decisão da atriz está ligada ao descontentamento com o rumo da personagem Raquel Acioly no remake de “Vale Tudo”, da Globo.
Taís Araújo se afasta das novelas após desentendimento com a Globo em “Vale Tudo”
A princípio, Taís havia recebido a promessa de interpretar um papel mais marcante e decisivo na novela escrita por Manuela Dias. No entanto, ela percebeu que, na reta final, sua personagem perdeu destaque e propósito. Mesmo assim, a atriz reconhece a força simbólica e o sucesso da personagem. Segundo a artista, tanto ela quanto os colegas tentaram “dar dignidade à mocinha até o fim”.
Com o sentimento de frustração, para o próximo ano, Taís revelou que vai focar suas atividades no teatro e em trabalhos publicitários.
Relembre bastidores polêmicos do remake
O clima tenso entre a atriz e Manuela Dias ficou mais evidente depois de uma entrevista da autora à RedeTV!. Na ocasião, ao ser questionada sobre a insatisfação de Taís, ela respondeu apenas: “Acho que a novela é um processo de colaboração, né? É isso.”, declarou.
Raquel Acioly: do protagonismo à frustração
A insatisfação de Taís, por sua vez, começou quando a trajetória de Raquel se desviou da versão original de 1988. No remake, Afonso (Humberto Carrão) descobriu a traição de Maria de Fátima (Bella Campos) com César (Cauã Reymond), Raquel e Celina (Malu Galli) revelaram sua sociedade, e Odete Roitman (Debora Bloch) se vingou da protagonista ao comprar as ações da Paladar e deixá-la pobre novamente.
Na novela original, Raquel Acioly seguia outro caminho: ela ficava cada vez mais rica e poderosa. Quando os capítulos polêmicos foram ao ar, Taís se manifestou nas redes sociais: “Estou vendo tudo que as pessoas estão falando, tá, gente? Vendo, escutando, lendo, entendendo. Me alinho com vocês nesse sentimento, inclusive às vezes de frustração, de querer um outro movimento. (…) Eu gostaria muito que a Raquel tivesse uma curva ascendente, poderosa.”, lamentou.
Desde então, a personagem perdeu espaço e ficou de fora de momentos decisivos da trama, como o desfecho que revela toda a verdade sobre Leonardo. Cena essa que, em 1988, era conduzida justamente por Raquel Acioly.