A comunidade musical internacional amanheceu de luto nesta terça-feira (14), com a notícia da morte do cantor e compositor D’Angelo, um dos nomes mais influentes e aclamados do R&B e pioneiro do movimento neo-soul. O artista, vencedor de quatro prêmios Grammy, faleceu aos 51 anos após uma “prolongada e corajosa batalha contra o câncer de pâncreas” conforme comunicado divulgado por sua família à imprensa americana.
Michael Eugene Archer, conhecido mundialmente como D’Angelo, deixou um legado inestimável, marcado por uma voz suave e rouca, e álbuns que redefiniram o soul moderno, misturando-o com funk, jazz e hip-hop.
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Trajetória de D’Angelo
Nascido em Richmond, Virgínia, D’Angelo começou sua jornada musical cedo, sob a influência da música gospel de seu pai e avô, que eram pregadores pentecostais. Seu talento multi-instrumentista (ele era mestre no piano) o levou rapidamente ao estrelato.
O álbum de estreia, “Brown Sugar” (1995), foi um sucesso estrondoso, consolidando-o como uma força inovadora no R&B. O disco, que permaneceu por mais de um ano nas paradas da Billboard, deu o tom para o que seria o neo-soul, um movimento que valorizava a sonoridade orgânica e profunda do soul clássico.
No entanto, foi com “Voodoo” (2000) que D’Angelo atingiu o ápice de sua fama e o reconhecimento da crítica. O álbum rendeu-lhe o Grammy de Melhor Álbum de R&B e o de Melhor Performance Vocal de R&B Masculina pela icônica música “Untitled (How Does It Feel)”. O videoclipe desta canção, em plano-sequência, transformou D’Angelo em um sex symbol, um rótulo com o qual o artista confessou ter se sentido desconfortável, preferindo que sua arte falasse mais alto.
