O casal de influenciadores Hytalo Santos e Israel Vicente, o Euro, presos em São Paulo, serão transferidos para o Presídio Desembargador Flóscolo da Nóbrega, conhecido como Presídio do Róger, localizado em João Pessoa, após determinação da Justiça da Paraíba.
Os dois estão detidos no Centro de Detenção Provisória 1 (CDP-1) de Pinheiros, na Zona Oeste da capital paulista, e serão levados para a penitenciária. Apesar da decisão, ainda não há definição oficial sobre a data do deslocamento.
Os documentos trocados entre a Justiça paraibana e a paulista, anexados ao processo, na manhã desta terça-feira (26), no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), confirmam que a remoção de Hytalo Santos e Euro será feita por avião da Força Aérea Brasileira (FAB) ou em voo comercial.
Chacina e rebelião
O Presídio do Róger, como é popularmente conhecido, possui um histórico repleto de casos específicos que tornaram o local como um dos mais perigosos. O Portal A Vida Alheia te conta detalhes exclusivos da instituição!
Em meados de 29 de julho de 1997, ocorreu uma rebelião, onde cerca de oito presos mantiveram sete pessoas como reféns, mas foram torturados e mortos pelos PMs que invadiram a penitenciária no final daquela noite. À época, a Polícia Civil indiciou cerca de dez policiais militares e quatro detentos acusados de participar da chacina, dentre eles, o tenente-coronel que comandou a operação militar dentro da penitenciária no fatídico dia.
14 anos depois, em 27 de outubro de 2011, ocorreu outra rebelião no Presídio do Roger, onde três presos foram mortos. Os pais de um dos detentos, que faleceu vítima de disparo de arma de fogo, entraram com ação na Justiça, e condenaram o Estado a pagar uma indenização, por danos morais, no valor de R$ 15 mil.
Esgoto a céu aberto
Em fevereiro deste ano, o Ministério Público da Paraíba (MPPB) apurou que o esgoto do Presídio do Róger estava sendo despejado em uma área de mangue sem qualquer tratamento, e ajuizou uma ação civil pública com pedido de liminar para impedir imediatamente o despejo de esgoto na área de proteção ambiental, pedindo, ainda a interdição dos pontos de lançamento irregular.
Em caso de condenação, a promotoria de Justiça solicitou que o Estado da Paraíba recuperasse as áreas degradadas, e realizasse o pagamento de uma indenização de R$ 500 mil por danos morais coletivos.
